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Questões sobre Platão
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PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
A tese apresentada pressupõe a necessidade do conhecimento verdadeiro para a
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formação de um saber enciclopédicoA formação de um saber enciclopédico não é o que Platão defende nesse trecho. O filósofo está preocupado não com o acúmulo de informações gerais, mas com o conhecimento verdadeiro sobre o bem e a justiça, que capacitaria os governantes a dirigir a cidade de forma justa. Portanto, a simples acumulação de conhecimentos não atenderia a questão central apresentada por Platão.
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organização de uma sociedade justa.A alternativa correta é a organização de uma sociedade justa, pois é exatamente este o ponto central que Platão defende. Ele argumenta que a filosofia e o poder político devem estar nas mãos da mesma pessoa, que deveria ser um filósofo-rei, para garantir que as decisões sejam baseadas em um conhecimento verdadeiro e profundo sobre o bem e a justiça. Este é o modelo de uma sociedade onde as decisões são justas e bem fundamentadas, de acordo com Platão.
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consolidação de uma democracia direta.A alternativa sobre a consolidação de uma democracia direta não está correta porque Platão não estava defendendo esse tipo de governo. Na visão dele, a democracia direta pode acabar levando a decisões impensadas e guiadas pela emoção, já que todos podem decidir sem, necessariamente, ter o conhecimento verdadeiro. Ele afirmava que, para uma sociedade justa, era necessário que os filósofos, que possuem o conhecimento verdadeiro, governassem. Portanto, o que Platão propunha era algo diferente da democracia como a conhecemos.
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promoção da igualdade dos cidadãos.Platão não estava propondo a promoção da igualdade dos cidadãos como a principal tese desse trecho. Na sua visão, os governantes, que seriam filósofos, teriam um tipo de conhecimento superior. A tese se concentra na ideia de que apenas aqueles com verdadeiro conhecimento (filósofos) devem governar para assegurar que a cidade seja justa, não necessariamente para promover a igualdade completa entre todos os cidadãos.
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superação de entraves dialógicos.A ideia da superação de entraves dialógicos não é o foco da tese de Platão. Ele não está falando sobre superar problemas de comunicação entre as pessoas, mas sim sobre quem deve governar. A questão é sobre como o verdadeiro conhecimento é necessário para organizar uma sociedade de forma justa e eficaz, e não sobre melhorar o diálogo entre os cidadãos.
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
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Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.Correto. De acordo com Platão, o verdadeiro conhecimento não pode ser baseado nas sensações, pois elas são enganosas e mudam constantemente. O conhecimento verdadeiro deve tratar das Ideias ou Formas, que são perfeitas e eternas, e só podem ser alcançadas pela razão. Assim, Platão considera a razão como a fonte do conhecimento verdadeiro, enquanto a sensação é insuficiente.
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Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.Incorreto. Platão não privilegia os sentidos; ele os vê como enganosos e pouco confiáveis para gerar conhecimento verdadeiro. Em sua Doutrina das Ideias, ele prioriza a razão, pois é através dela que se pode alcançar o conhecimento das Formas, que são a verdadeira realidade.
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Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.Incorreto. Embora Platão privilegie a razão sobre a sensação, ele não afirma que existe um abismo intransponível entre razão e sensação. Na verdade, ele reconhece que os sentidos podem ter um papel limitado, como um ponto de partida para se alcançar o conhecimento verdadeiro através da razão. Assim, a relação não é de uma completa separação, mas de subordinação.
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Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.Incorreto. Platão não adota a posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis. Parmênides, de fato, enfatiza a importância da razão, mas Platão acredita que a sensação é incapaz de fornecer acesso ao conhecimento verdadeiro por si só. Ele estabelece uma hierarquia em que a razão é superior à sensação.
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Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.Incorreto. Não é uma posição de Platão que Parmênides considera a sensação superior à razão. Parmênides, como Platão, favorece a razão, mas Platão desenvolve essa ideia ao considerar a sensação como insuficiente para o conhecimento verdadeiro, sem partir do pressuposto de que a sensação é vista como superior por Parmênides.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
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defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.Esta alternativa está incorreta pois não é exatamente sobre a honestidade em si que Platão e Aristóteles focam, mas sim na responsabilidade de buscar a verdade através da razão e evidências. A ética e a honestidade são importantes, mas no texto em questão, o destaque vai para a busca racional da verdade.
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adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.Essa alternativa está incorreta. Platão e Aristóteles não acreditavam que o senso comum por si só era um critério de verdade. Platão, por exemplo, diferenciava o mundo sensível (senso comum) do mundo das ideias, sendo este último verdadeiro e imutável. Aristóteles, entretanto, valorizava mais o papel do mundo sensível, mas ainda assim acreditava na necessidade de uma investigação lógica sobre as experiências.
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compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.Essa alternativa está correta. Platão e Aristóteles são conhecidos por valorizarem a razão como necessária para justificar a verdade. Ambos acreditavam que as crenças e afirmações devem ser sustentadas por razões lógicas e evidências. Esse é um ponto central no desenvolvimento do pensamento filosófico ocidental.
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pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.Essa alternativa está incorreta porque tanto Platão quanto Aristóteles valorizavam a razão e a lógica como meios para alcançar a verdade, não apenas a experiência em si. A experiência sensorial por si mesma não era considerada suficiente para legitimar a verdade sem uma análise racional. Aristóteles, em especial, trabalhava com a ideia de que a experiência deveria ser organizada e entendida através da razão.
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incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.Esta alternativa está incorreta porque, na verdade, Platão e Aristóteles acreditavam que a razão era capaz de confirmar o conhecimento, incluindo o que era resultado de evidências empíricas. Aristóteles, em particular, desenvolveu a lógica como uma ferramenta para entender o mundo natural através da observação e raciocínio.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica
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comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.Platão não defende a ideia de que o conhecimento é obtido pela comparação do objeto observado com uma descrição detalhada dele. Esta alternativa não está correta pois, para Platão, o mundo sensível é apenas uma sombra do mundo real das Formas, então uma descrição detalhada de um objeto sensível não nos dá o verdadeiro conhecimento; isso só se obtém ao compreender a relação com a Forma.
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fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.Essa é a alternativa correta. Na epistemologia platônica, o conhecimento verdadeiro implica a capacidade de relacionar um objeto particular que percebemos com a sua Forma ou ideia correspondente. As Formas são entidades perfeitas e imutáveis que existem no mundo inteligível e são a verdadeira realidade. As coisas que percebemos com os sentidos são apenas cópias imperfeitas dessas Formas. Portanto, conhecer de verdade um objeto significa conhecer a sua essência ideal, ou seja, a sua Forma.
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identificar outro exemplar idêntico ao observado.Essa alternativa está incorreta. Platão fala sobre "conhecer" tendo uma relação com o mundo das Ideias ou Formas. Para ele, o conhecimento verdadeiro não vem apenas de observar dois objetos idênticos no mundo sensível, mas de entender como eles se relacionam com a ideia ou forma perfeita e eterna que reside no mundo inteligível. Dois objetos podem parecer idênticos aos sentidos, mas o verdadeiro conhecimento é sobre sua relação com a Forma ideal.
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estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.Essa alternativa também está incorreta. Embora Platão reconheça o papel das semelhanças para a compreensão, na sua epistemologia o conhecimento não se resume a associar o que se vê agora ao que se viu anteriormente. O verdadeiro conhecimento reside na apreensão das Formas, que são eternas e imutáveis, e não em meras comparações temporais no mundo sensível que é mutável e imperfeito.
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descrever corretamente as características do objeto observado.A alternativa está incorreta porque, na visão platônica, descrever corretamente as características de um objeto do mundo sensível não implica em verdadeiro conhecimento. Este tipo de conhecimento é imperfeito e está sujeito a enganos, já que nossos sentidos podem nos enganar. Para Platão, o verdadeiro conhecimento está na compreensão das Formas, que são perfeitas e imutáveis, em contraste com o mundo sensível.

No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a:
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ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.Aqui se atribui o conhecimento a algo que vem pela sensibilidade, o que vai contra a filosofia platônica. Platão acreditava que os sentidos nos enganavam e que a verdadeira compreensão vinha do uso da razão para acessar o mundo inteligível das ideias. Portanto, essa proposição não está de acordo com o pensamento platônico.
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essência das coisas sensíveis no intelecto divino.Esta opção se assemelha à ideia platônica de que existe um mundo além das coisas sensíveis, mas é importante notar a diferença conceitual. Platão não postulou que o conhecimento sobre a essência das coisas fosse encontrado no intelecto divino. Para ele, o conhecimento legítimo é alcançado através do uso da razão humana em direção ao mundo das ideias, não no âmbito divino.
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suspensão do juízo como reveladora da verdade.Essa alternativa sugere uma aproximação do pensamento cético, em particular do filósofo Pirro, que afirmava que suspender o julgamento nos leva a uma tranquilidade de espírito. Isso é diferente do pensamento de Platão, que acreditava na possibilidade de alcançar o conhecimento através da razão e não pela suspensão do juízo.
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salvação da condição mortal pelo poder de Deus.Esta alternativa parece mais ligada a uma visão religiosa que não é característica do platonismo, mas do cristianismo. Platão não falava sobre salvação pelo poder de Deus. Seu foco era no alcance do conhecimento verdadeiro por meio do intelecto, independentemente de intervenções divinas.
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realidade inteligível por meio do método dialético.Platão acreditava que o conhecimento verdadeiro não vinha dos sentidos, que são enganosos, mas sim de uma realidade que vai além do que vemos e tocamos. Para ele, o mundo sensível é apenas uma cópia imperfeita de um mundo perfeito e inteligível, o mundo das ideias. O método dialético é a técnica filosófica que nos guia em direção a essa compreensão superior, usando a razão para questionar e entender aquilo que está além da experiência sensível.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o (a)
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caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.Esta alternativa é incorreta. A narrativa da caverna não busca descrever as origens do homem primitivo ou um caráter antropológico. Em vez disso, Platão utiliza a caverna como uma metáfora para explicar sua teoria do conhecimento e a distinção entre o mundo sensível (das ilusões) e o mundo inteligível (das ideias).
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vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.Esta opção está incorreta. A narrativa da caverna por Platão não tem como propósito principal a descrição da vida cultural e artística dos gregos antigos. Embora a cultura e a arte sejam temas importantes na Grécia Antiga, a alegoria da caverna visa discutir questões epistemológicas e a busca do conhecimento verdadeiro, ao invés de práticas culturais específicas.
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teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.Esta alternativa está correta. A alegoria da caverna é uma explicação da teoria do conhecimento de Platão, em que ilustra a transição do mundo ilusório dos sentidos para o mundo das ideias, que é a verdadeira realidade. Platão quer mostrar como o processo de adquirir conhecimento é como sair da caverna e enxergar a luz do sol, que simboliza o entendimento das verdades eternas e imutáveis.
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sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.Também está incorreta. Platão não está criticando o sistema penal ou o encarceramento de modo literal. A descrição dos prisioneiros na caverna é metafórica, ilustrando como as pessoas podem estar 'presas' em suas percepções limitadas do mundo, sem acesso à verdadeira realidade que Platão afirma ser o mundo das ideias.
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sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.Esta alternativa está incorreta. A alegoria da caverna de Platão não aborda diretamente o sistema político elitista ou a democracia ateniense. Embora Platão tenha críticas à democracia, especialmente como está discutido em outros diálogos, a narrativa da caverna tem um foco mais epistemológico e metafísico, relacionado ao conhecimento e à percepção da realidade, e não aos sistemas políticos da Grécia antiga.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
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bem supremo como fim do homem.Esta alternativa está incorreta. O bem supremo, para Platão, é a ideia do Bem, que é acima de todas as coisas e não tem relação direta com a divisão dos andróginos. O trecho em questão foca no conceito de amor como uma busca de reunião com a outra metade, em vez de atingir um bem supremo.
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amor como falta constituinte do ser humano.Esta alternativa está correta. Platão, em "O Banquete", apresenta a ideia de que o amor surge da falta. Os seres humanos foram divididos, segundo a alegoria apresentada, e agora sentem a falta de sua outra metade. Isso gera o desejo de se reunirem, um processo que Platão descreve como amor. Amor, então, é uma busca pela completude, pois os humanos sentem falta de algo que os tornaria inteiros novamente.
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prazer perene como fundamento da felicidade.Esta alternativa está incorreta. A narrativa apresentada por Platão não coloca o prazer perene como fundamento da felicidade, mas a busca por completude através do amor. O desejo de encontrar a metade perdida é mais profundo do que simplesmente buscar prazer; é uma busca por se tornar integral novamente.
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ideal inteligível como transcendência desejada.Esta alternativa está incorreta. O ideal inteligível, em Platão, refere-se a uma realidade transcendente e perfeita que não tem relação direta com a história dos andróginos. Esta história fala sobre amor e como ele nasce da falta e do desejo de completar-se, e não sobre o mundo das ideias platonianas.
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autoconhecimento como caminho da verdade.Esta alternativa está incorreta. O autoconhecimento, embora importante para Platão, não é o foco deste trecho específico. A narrativa dos andróginos é sobre a busca de encontrar a parte que falta, que é uma expressão de amor, e não um caminho para a verdade através do autoconhecimento.
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